sexta-feira, 15 de julho de 2016

I Encontro local do Núcleo Manaus da ABRAPSO

abrapsomanaus.wix.com/encontrolocal


Estão ABERTAS AS INSCRIÇÕES para o I Encontro local do Núcleo Manaus da ABRAPSO.
O encontro acontecerá nos dias 23 e 24 de setembro.
Venha conosco produzir diálogos entre profissionais, estudantes, pesquisadores e atores das políticas públicas no Amazonas.
A programação, inscrições e demais informações estão disponíveis no site: abrapsomanaus.wix.com/encontrolocal
Podem ser submetidos trabalhos nas categorias de pôster e/ou grupo de trabalho.
A ABRAPSO apoia Carta em defesa da liberdade de expressão em sala de aula


A ABRAPSO apoia e divulga Carta das professoras e professores em defesa da liberdade de expressão e contra o Programa Escola Sem Partido.

Compartilhamos abaixo o texto completo da Carta:

Em defesa da liberdade de expressão em sala de aula 

Art. 205. A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. (Constituição Federal de 1988)

A escola democrática encontra-se sob múltiplos ataques. Um dos mais graves é o Programa Escola Sem Partido, que o PL 867/2015 pretende incluir entre a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Este projeto sintetiza as propostas do movimento homônimo, que defende que professores não são educadores, mas apenas instrutores que devem limitar-se a transmitir a “matéria objeto da disciplina” sem discutir valores e a realidade do aluno. Ainda segundo eles, a escola estaria usurpando uma atribuição da família. Nossa Constituição Federal é inequívoca ao afirmar que a educação é dever do Estado e da família com a colaboração da sociedade – uma tarefa compartilhada, portanto, e não exclusiva. O mesmo movimento insiste que “formar cidadãos” é “uma expressão que na prática se traduz, como todos sabem, por fazer a cabeça dos alunos” e que os professores que elegem esta tarefa como uma das principais missões da escola estão dando uma prova da “doutrinação política e ideológica em sala de aula”. Nossa constituição é igualmente cristalina ao estabelecer os objetivos da educação e o “preparo para o exercício da cidadania” é um deles. Sendo assim, quando um professor afirma que uma das principais missões da escola é formar para a cidadania, ele está apenas reafirmando elementos da nossa constituição. Professores ensinam a matéria objeto da disciplina visando alcançar os três objetivos expostos na nossa constituição e não apenas a qualificação para o trabalho. Mas como visar o pleno desenvolvimento da pessoa sem discutir valores? Como preparar para o exercício da cidadania sem dialogar com a realidade do aluno? Por isso somos contra o Programa Escola Sem Partido.

Os criadores do Programa Escola Sem Partido insistem que o projeto de lei apenas garante direitos constitucionais já estabelecidos e sua única inovação seria a proposta da afixação de um cartaz com os “deveres do professor” em todas as salas de aula das escolas brasileiras. Esta afirmativa apresenta dois gravíssimos equívocos. Primeiro, o cartaz deveria ser intitulado “proibições do professor”, porque é constituído por uma lista de atividades que o professor não deveria realizar em sala de aula. Elas são descritas de maneira tendenciosa, de forma a desqualificar atividades docentes cotidianas, e associando-as a práticas realmente condenáveis. Um exemplo: “O Professor não fará propaganda político-partidária em sala de aula nem incitará seus alunos a participar de manifestações, atos públicos e passeatas”. O professor realmente não deve fazer propaganda político-partidária em sala de aula, o que não equivale a dizer que não é indicado que se discuta questões políticas contemporâneas em sala de aula – pelo contrário! O professor não deve se furtar a discutir as temáticas pertinentes à interpretação da realidade na qual os alunos estão inseridos. A segunda parte da proibição é formulada de maneira especialmente tendenciosa, de maneira a desqualificar uma prática salutar para a educação. “O professor não (...) incitará seus alunos a participar de manifestações, atos públicos e passeatas”. O professor deve sim estimular seus alunos a se manifestarem de todas as maneiras democráticas no espaço público! Participar de manifestações democráticas é sinal de que o aluno se sente apto a mudar o mundo no qual ele está inserido – uma capacidade essencial na sua preparação para o exercício de uma cidadania ativa.

O PL 867/2015, assim como todas as suas variações estaduais e municipais, não se limita a garantir direitos constitucionais já estabelecidos, ele tenta estabelecer uma interpretação equivocada da nossa constituição, amputando intencionalmente dispositivos constitucionais com base em uma concepção absolutamente deturpada do que seria a o processo de escolarização. O projeto de lei em questão se arvora a definir os princípios que devem orientar a educação nacional, omitindo o fato de que estes já são definidos na nossa Constituição Federal e reafirmados na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. O que percebemos ao comparar os princípios propostos pelo PL com aqueles estabelecidos pela constituição é que o projeto amputa maliciosamente os dispositivos constitucionais: “pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas” (Art. 206, III) reduz-se a “pluralismo de ideias no ambiente acadêmico” (Art. 2, II) e “liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber” (Art. 206, II) reduz-se a “liberdade de aprender, como projeção específica, no campo da educação, da liberdade de consciência” (Art. 2, III). Podemos perceber que os elementos excluídos são todos relacionados à figura do professor: o pluralismo de concepções pedagógicas e a liberdade de ensinar. No entanto, o projeto não para por aí, chega ao extremo de afirmar, na sua justificação, que “não existe liberdade de expressão no exercício estrito da atividade docente”.

Nos opomos veementemente a esta tentativa de excluir todos dispositivos constitucionais que garantem as atribuições do professor em sala de aula e, mais do que isso, retirar dos docentes seu direito constitucional à liberdade de expressão no exercício da sua atividade profissional. Nenhum cidadão brasileiro em qualquer situação deve ser privado da sua liberdade de expressão! Todos devem, em todos os momentos, respeitar os limites impostos pelas leis à sua liberdade de fala sem nunca abrir mão dela. O professor obviamente tem um programa a seguir, mas como ele fará isso – recorrendo a qualquer concepção pedagógica válida e relacionando a matéria com as temáticas que julgar pertinentes – depende apenas dos seus saberes profissionais. Devemos confiar nos saberes profissionais docentes, formados em cursos reconhecidos pelo MEC para desempenhar sua função de professor e educador. Em defesa à liberdade de expressão dos professores no exercício da sua atividade profissional, dizemos não ao Programa Escola Sem Partido!
Prof. Dr. Fernando de Araujo Penna
Faculdade de Educação da Universidade Fluminense
Professores contra o Escola Sem Partido
https://www.facebook.com/contraoescolasempartido/

quinta-feira, 5 de março de 2015

Nota Pública SECTI



NOTA PÚBLICA

    Nós do núcleo Manaus da Associação da Associação Brasileira de Psicologia Social – ABRAPSO, organização composta por profissionais (pesquisadores, psicólogos, militantes, gestores públicos) e estudantes (em processo de graduação ou pós-graduação), que, por meio do ensino, investigação, aplicação ou difusão, contribuem para o desenvolvimento da Psicologia Social no Brasil, em linha com um de nossos objetivos, que é incentivar e apoiar institucionalmente o desenvolvimento de ações no campo social, e ainda, com relação a uma de nossas ações, firmadas em manifestações públicas em relação a problemas sociais, com vistas à promoção da justiça social, nós viemos a público expressar o nosso total apoio em defesa da autonomia da Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação (SECTI).
    A SECTI, criada pela Lei 2.783, de 31 de janeiro de 2003, exerce um papel de grande relevância no aprimoramento técnico e cientifico no contexto Amazônico. Entendemos que a produção científica é um dos pilares que sustentam o desenvolvimento de nossa sociedade, e isso, em nosso contexto, tem papel fundamental tanto nos aprimoramentos quanto conhecimentos sobre esta realidade, com base na crença de que a atividade científica deve se realizar ancorada na adoção de uma postura crítica e problematizadora, tendo em vista o papel fundamental que a ciência desempenha na construção social.
Defendemos que essa importante secretaria continue a ter autonomia para que possa então, de acordo com seu objetivo maior “Formular e gerir a política estadual de ciência, tecnologia e inovação (CT&I), articulando esforços para que o conhecimento produzido nas universidades, nos centros de pesquisa e nos laboratórios seja revertido em alternativas eficazes para a promoção do desenvolvimento sustentável, humano e solidário”. Compreendemos que, em relação a realidade amazônica, é de crucial importância a manutenção desta secretaria, que por razões históricas, econômicas, politicas e sociais tem um papel estratégico na produção de conhecimentos e no desenvolvimento da população local. É essencial, deste modo, que se busque garantir que o conhecimento produzido seja consonante com os desdobramentos práticos desse processo. Isso porque a pesquisa é também um dos alicerces para o desenvolvimento de metodologias que orientam alguns dos serviços essenciais prestados à população.
    Alinhados com uma visão de mundo que compreende que a participação política faz parte da vida humana, por entendermos que o ser humano é um ser que está inserido no meio social, que não é neutro, muito menos seus comportamentos são naturalizados, mas construídos socialmente e, estando comprometidos com a construção de uma sociedade onde todos e todas tenham as mesmas oportunidade de aperfeiçoamento, entendemos a importância da ciência, tecnologia e inovação nesse processo.



Fernanda Silva
Adria Lima
Andrews Duque
Josiane Medeiros

Coordenação do núcleo Manaus da ABRAPSO

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

NÚCLEO ABRAPSO MANAUS : Projetos 2015!

Nesta sexta-feira 20/02 o núcleo ABRAPSO Manaus realizou a segunda reunião do ano de 2015 nas dependências da FAPSI/UFAM para dar andamento ao planejamento de ações anuais. O núcleo esta comprometido com o fortalecimento do núcleo e da classe em Manaus e no Amazonas. 
Celebramos nessa reunião a parceria firmada com o Conselho Regional de Psicologia - CRP 20 e a adesão de novos membros engajados com a práxis da psicologia social na região.


Em breve estaremos lançando uma carta aberta sobre os princípios norteadores do núcleo ABRAPSO Manaus. Acompanhem  e façam parte dessa história com a gente. Profissionais , estudantes de psicologia e áreas afins, membros de movimentos sociais e demais interessados podem fazer parte desse núcleo que vem se desenvolvendo calorosamente em Manaus.


Se você tem interesse em participar do núcleo entre em contato através do e-mail: abrapsomanaus@gmail.com

Braços comprometidos são sempre bem-vindos!

Há braços!
Abrapsos
Núcleo ABRAPSO Manaus


sábado, 15 de novembro de 2014

IV Encontro Norte Nordeste ABRAPSO

Mês passado vivenciamos um grande momento da Psicologia Social em Manaus. Agradecemos a todos e todas pelo lindo encontro! Nós (Todas e Todos) somos a revolução,somos história viva e continuaremos com a mudança!  O Encontro que ocorreu de 23 a 25 de outubro de 2014 na UFAM e vinha sendo carinhosamente planejado por toda equipe do núcleo Manaus e demais colaboradores da região norte e nordeste associados a ABRAPSO,  fomentou ainda mais a discussão e a necessidade de mobilização quanto a políticas públicas e movimentos sociais.  O núcleo Manaus, especialmente se sente mais fortalecido a partir desse grande encontro entre norte e nordeste da Associação Brasileira de Psicologia Social. 

O encontro foi noticiado na página da UFAM e compartilhamos aqui a nota:
A interação humana é o objeto de estudo do ramo social da ciência do comportamento, a Psicologia Social.  Interessada em estabelecer um contato com a sociologia, esse segmento da psicologia se envolve com as questões das relações de um determinado grupo social. A partir desse entendimento é que a Associação Brasileira de Psicologia Social - Abrapso realiza encontros regionais para discutir questões pertinentes à sociedade, como direitos humanos, espaços de controle, entre outros.
Com objetivo claro de fugir da visão estereotipada sobre Amazônia , segundo a qual a região foi historicamente denominada de “inferno verde” , “pulmão do mundo”, é que profissionais, acadêmicos da Psicologia e outros atores sociais das regiões Norte e Nordeste se reúnem na Ufam para participar da terceira edição do Encontro Regional N-Ne da Abrapso que apresenta com tema norteador das discussões “Movimentos Sociais e Políticas Públicas: construções entre saberes e práticas".   
Mesa de abertura Mesa de aberturaÀ mesa de abertura estavam a professora Iolete Ribeiro, diretora da Faculdade de Psicologia, os coordenadores das regiões Norte e Nordeste Leandro Neves e Nelson Junior, respectivamente, o presidente da Abrapso Aluísio Lima, a coordenadora do Núcleo Manaus Fernanda Silva e o presidente da Comissão Organizadora professor Marcelo Calegare.
Para a Abrapso, esse cenário nos convoca à multiplicidade de olhares sobre os objetos, acontecimentos, campos de atuação e fazeres da Psicologia Social. "E, nesse sentido, somos impelidos à busca de parcerias com diferentes campos de saberes/práticas, colaborando na interlocução entre movimentos sociais e universidades, que nos tragam novos e criativos horizontes à uma atuação profissional crítica e libertária, que nos faça trabalhar junto aos distintos atores e atrizes sociais. Assim, a Psicologia Social se encontra diante do desafio de trazer suas contribuições para temáticas e problemas apresentados pela sociedade, fazendo isso em aliança com outras vozes/saberes, especialmente a dos movimentos sociais", destaca Aluísio Ferreira de Lima, presidente da Abrapso.
A conferência de abertura do 3º Encontro N-Ne da Abrapso ocorreu na última quinta (23) no auditório Samaúma, setor Sul da Ufam. A palestra de abertura foi ministradaa por Jaime Diakara, da etnia Dessana, com o tema Cosmologia Dessana. O Coro Universitário da Ufam também se fez presente e realizou apresentação cultural.

http://portal.ufam.edu.br/index.php/2013-04-29-19-37-05/noticia/3160-movimentos-sociais-e-politicas-publicas-sao-tema-de-encontro-na-ufam

quarta-feira, 23 de julho de 2014

O momento mais esperado do ano esta chegando!

http://www.encontro2014.nne.abrapso.org.br/site/capa


 A ABRAPSO núcleo Manaus, apoia esse evento! Conheça mais sobre tecnologias sociais!


https://www.inpa.gov.br/noticias/noticia_sgno2.php?codigo=3274